18 de abril de 2010

Vale a pena ler!

O texto é de fato um pouco longo, mas vale a pena dar uma lida. Principalmente e especialmente escrito para os marmanjos que acham que não precisam saber dançar... Fica a dica!

Ou dança, ou dança!

Motivos muito justos que fazem uma mulher preferir os homens dançarinos aos homens lagartixas.

Quanto vale um homem? Sejamos específicos: quanto vale um homem para uma mulher? Por mais fadinhas que desejemos parecer, temos um chip veloz programado em nossas mentes pervertidas que nos dá de maneira clara e rápida a pontuação de um homem – o seu score. No chip estão embutidos os interesses materialistas, espirituais e, claro, o instinto animal que domina uma mulher em situação de escolha.

Um homem com uma profissão interessante faz a balança pender muito a seu favor. Aqueles com ar selvagem ou desprotegido, idem. Um sujeito que faça rir também tem pontuação alta. Agora, suponha que o moço não seja especificamente nada disso e mesmo assim esteja sempre acompanhado de mulheres. Ou melhor, as mulheres o disputam a tapas. Só há uma resposta para o caso: ele sabe dançar. E bem.

Em um salão de dança, quanto mais leve, mais enlevado pelos embalos da música, de si mesmo e da parceira, mais tilintam as luzinhas de um pinball ao redor do rapaz. Ao menos naquela noite e naquele lugar – o que não deixa de ser uma esperança para que isso continue no dia seguinte. Nessa circunstância, a mulher vê aquele homem girando alegremente pelo salão com uma felizarda e (babando de inveja) pensa: "Minha vida com ele seria uma festa para sempre".

Se isso é tão fulminante na tática da conquista, nós mulheres perguntamos por que homens sempre tão espertos não se mancam e aprendem a se virar bem em um salão? O fato é que eles se acomodaram. Compreensível. Não precisam mais saber a diferença entre uma rumba e uma salsa para fazer a corte ou para sentir de perto a tez de uma mulher, como no passado. Preferem impressionar sua dama falando do carburador de seu carro importado (valha-me, senhor!), ou discorrendo sobre a bela safra de vinhos frutados que conseguiu arrematar em sua última viagem a Borgonha... zzz! Ora, ora, senhores, acreditem: apresentar-se a uma mulher com uma contradança inspirada, sem a menor conversa mole, pode mudar o rumo da sua vida e jogar para escanteio muitos candidatos mais bem apessoados e mais ricos que você.

Intimidade

Por quê? Simples: homens dançarinos são vistos como pessoas divertidas, alegres, desinibidas e leves em relação à vida. Isso inclui até os que dançam mal. A dança, afinal, é uma celebração à alegria e abre as portas para todos os que não se levam muito a sério. Homens que dançam (bem ou mal) não estão nem aí para o que os outros pensam dele. Mas estão super aí para relaxar e aproveitar a vida.

Não há nada pior para uma mulher feliz em um fundo musical saltitante do que um parceiro exercendo seu papel de homem lagartixa, grudado à parede totalmente imobilizado pelo terror, acreditando piamente que todos na pista estão olhando para ele. Homens que dançam sabem rir de si mesmos – e esta é uma virtude rara entre seres humanos. Não ficam amuados em um canto, enquanto a sua mulher, transbordando de energia, rumina a possibilidade de pedir divórcio ali mesmo, rápido bastante para não perder a próxima seleção de boleros.

Minha análise sobre a paixão de mulheres (incluindo as que não sabem ou gostam de dançar) por parceiros pés-de-valsa vai além. Primeiro, que dançar bem é um talento como tocar guitarra ou cantar. Toda mulher se impressionada com talentos. Segundo, e mais importante, é que um homem na pista está mostrando muito de sua intimidade. Alguém aí pensou em sexo? Pensou certo. Mas não o sexo explícito, cego, imediato. Não. Uma espécie de aperitivo do sexo: a conquista, o ritual da corte.

Assim como no sexo, a dança exige que o macho tome a iniciativa e conduza – e aqui peço que as feministas se danem! Há os que conduzem bem, segurando a cintura da parceira com vigor, mas mantendo a leveza nos quadris e pés, de maneira que ela se entregue espontaneamente aos seus desejos. Estes, guiam os pezinhos femininos com graça, leveza, ritmo e inventividade. Giram, vão e voltam, fazendo piada de sua natural capacidade de interpretar o sincopado da música. Oferecem, enfim, sua mão como apoio e ingresso a uma delícia que, como sexo, é simples, barata e perfeita a dois. Quem resiste? Se em algum recôndito da mente feminina há a relação entre o empenho e a eficácia com que um homem dança e seu desempenho sexual, não se sabe, mas, que pode gerar fantasias e preanunciar grandes momentos, não há dúvidas.

Um casal dançando é uma das poucas coisas civilizadas que sobreviveram à sociedade de consumo. Torna homens e mulheres seres cordiais e educados. Para ser o rei da noite é preciso respeitar alguns critérios e manter a classe. Homens que entendem de dança jamais deixam a mão cair da cintura para a remota zona entre os rins e as nádegas. Jamais. Jamais dizem uma obscenidade ao pé do ouvido da dama. Homens que dançam bem, como manda o figurino, são vistos como cavalheiros.

Fonte: Por Maríella Lazaretti (Revista VIP Exame, junho 1997)

12 de abril de 2010

De rosto colado... e de bem com você mesmo!

Que a dança nos proporciona um excelente aumento das nossas relações sociais, ninguém duvida. E ninguém duvida também que toda a convivência requer o seguimento de algumas “regrinhas básicas”, mais ou menos como "desligue o telefone celular no cinema" ou "não fure a fila do banco".
Na dança de salão as pessoas ficam muito próximas, o contato é direto e para que a “entrega” ao parceiro realmente possa acontecer, é importante ficar de olho em algumas dicas. Aproveite tudo que a dança pode te oferecer e não perca nenhuma oportunidade de se divertir e de se cuidar!
  • Ponha-se confortável. Na hora de dançar, não é nada agradável ter que ficar puxando a blusa para baixo, arrumando a calça, amarrando o cadarço dos sapatos. Uma roupa confortável faz com que você se sinta mais livre para dançar.
  • Opte por um sapato adequado. Os sapatos com solado de couro, por exemplo, deslizam mais, contribuindo para a fluidez da dança. O ideal é ter um sapato adequado e feito para dançar, como existe em muitas lojas de artigos especializados. Mas se o investimento não estiver previsto no orçamento, não tem problema. Só evite os calçados com solado de borracha. Afinal, girar sobre um pneu não é a coisa mais fácil do mundo. Ou é?
  • Higienize-se! Claro que nem sempre dá tempo de passar em casa e tomar um belo banho antes de ir para a aula. Por mais higiênicos que sejamos, a correria do dia a dia e o nervosismo diante de algumas atividades podem gerar odores já conhecidos. Nesse caso, carregue com você uma necessaire com kit básico: um desodorante, um perfuminho, e, principalmente, escova e pasta de dentes. Sim... isso é importante. Lembre-se que você pode ficar cara a cara com alguém que não tem o menor interesse em saber se você comeu bife acebolado ao meio dia.
  • Atividade física faz suar. Ainda bem, pois o suor significa que nosso corpo está trabalhando para manter a temperatura corporal em ordem. Mas suor demais não é bom. Na dança, a firmeza das mãos é importante para a condução do cavalheiro e mãos suadas podem ficar escorregadias, atrapalhando o aprendizado. Além do mais, alguns ritmos são dançados de rostinho colado. Mas colado por que as pessoas querem, não porque o suor funciona como grude. Portanto, coloque uma toalha no kit básico da dança caso você sue demais!
E aproveite! Seguindo esses passos e mais os passos que são ensinados em aula, a única regra que resta é se divertir!